sábado, 27 de setembro de 2008

Bobagens Sobre Uma Tela Branca do Bloco de Notas

Você lia aquele livro verde do Veríssimo e dava suas risadas com as crônicas dele - e as suas risadas me faziam feliz naquele momento - , eu achando maravilhoso o livro curtinho do Galera e buscando algo que a história dele contasse que pudesse me dar uma sacada romântica pra chegar em ti - outra cantada barata que eu tirei das comédias românticas de Hollywood; essa eu acho que saiu do "Mensagem Pra Você" (entrelaçar livros com pessoas). Mas este é o grande problema , chegar em ti. Eu não sei se te amo , não sei se é só algo passageiro. Fato é que você não é qualquer guria , dessas que se encontram em qualquer esquina ou festa da cidade. Porra , você faz piadas tão inúteis quanto as minhas - e olha que as minhas piadas são totalmente inúteis - , escuta bandas que eu nunca pensei que outra pessoa neste país de terceiro mundo fosse escutar - mesmo que eu as tenha apresentado pra ti , mas também é pedir demais - e eu nunca achei uma guria que realmente fosse que nem você.

Confesso que se não fosse por você , eu nem teria ido no cinema com o pessoal hoje. Na verdade , eu não teria ido mesmo. Eu já estava indo embora quando percebi a bobagem que eu faria. Trocar conversar contigo pra ir na Galeria do Rock procurar uma camiseta do Weezer - putz , Weezer , meu Deus! , deveria ser uma banda que conta histórias com as quais eu me identificava no ginásio - seria uma grande bobagem.

E quando você me diz que quer escutar Regina Spektor , eu me sinto de certa maneira , feliz. Porque Regina Spektor me faz sorrir , porque eu te apresentei Regina Spektor - o fato do professor de história ter falado dela foi apenas um aceleramento do processo - e simplesmente , porque você me faz rir , e me faz feliz. Sim , eu estou sendo repetitivo. Sim , isto é para de fato você acreditar nisso.

Ruim for ter ido pra casa - e a minha casa é bem longe do cinema que a gente foi - sozinho , à noite , depois de uma chuva de verão , passando por lugares que eu nunca tinha visto. Dá uma depressão danada. A parte pior foi saber que ao chegar em casa eu não ia te encontrar , porque você vai numa festa que eu , tolo como sempre , não quis ir pois ficava muito longe de casa e acabei me arrependendo amargamente de não ter ido. Agora fico aqui escrevendo esta crônica idiota , tentando preenchê-la com elementos da cultura pop - algo que você valoriza , de uma maneira que eu também valorizo. Isto não passa de uma declaração barata de afeto , eu reconheço - o primeiro passo para corrigir um erro é admitir o erro. No caso , meu erro é continuar querendo fazer alguém gostar de mim por escritos , não por palavras. Talvez porque eu ainda seja muito covarde pra chegar em ti e dizer com palavras o que eu quero.

Não há nada como ter coisas pra escrever e ver essa tela branca do bloco de notas esperando pra receber milhares de caracteres. O problema é saber a hora de parar , quando o texto chega ao limite do repetitivo e do sacal. Quando o escritor está tão empolgado com seu texto e começa a escrever bobagens. Exatamente como agora. Ponto final.

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Um texto bem antigo e sacado do fundo do baú para uma hora onde um post novo se faz necessário mas não há a mínima disposição para algo novo. Mesmo que a musa e o propósito não sejam os melhores , ainda considero esse , ao lado de um outro que está inédito , e do "Na Escada" , um dos meus melhores textos. É de certa forma um post dedicado ao Boina , um grande fã desse texto. :D Hahaha , Boina , seu estranho. Esse aqui é pra você.

5 comentários:

Theo G. Alves disse...

bem vindo de volta, mut, meu velho.

esse eu ja conhecia e voce sabe que gosto muito da sua verve.

abraço, maninho!

Anônimo disse...

Da última vez que li esse texto não tinha reparado bem na metalinguagem do último parágrafo. Ficou muito bem colocada, deu mais ainda o quê de crônica.

Muito bom!

Anônimo disse...

Um texto bem afudê mesmo, mas cara... quem é o Drew Baylor?

Abç,

Lichas disse...

Você fala, fala e fala (ou pelo menos falava, ava, ava) que não entende de amor e sentimentos e pipipi, mas escreve uns putatextos (de acordo com as novas regras de gramática) sobre.
Explique-se.

Anônimo disse...

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