sábado, 4 de outubro de 2008

Três Excertos Sobre a Chuva

Chove lá fora. Me lembra você. Me lembro que eu nunca beijei você na chuva , e que nós combinamos de nos encontrarmos na próxima tempestade , quaisquer fossem as nossas condições.

Chove lá fora. Quero sair correndo e ir pra fora , como se as gotas de chuva me purificassem.

Chove lá fora , a girar , que maravilha , a girar , de braços abertos , toda de branco , que maravilha , a girar , que maravilha...

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Continua a chover lá fora. Essa cidade é tão triste e ao mesmo tempo tão bela quando chove. Os homens e as mulheres e os seus guarda-chuvas e galochas e capas e sombrinhas. Todos correm da chuva.

Mas eu danço nela. Danço na chuva , como se nada acontecesse ou como se o mundo estivesse pra acabar agora. Danço na chuva.

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Parou de chover. Aliás , está um tempo seco e quente que mal me deixa respirar. Há que ser sempre assim , um tempo pra chover e outro pra secar. Porque , meus amigos , a vida é feita de ciclos.

2 comentários:

Anônimo disse...

A terceira estrofe da primeira parte me lembrou o estilo Boina.
Gostei num todo. Talvez eu mudaria algumas palavras que repetiram, mas a ênfase ficou boa! =)

Guri Caipira disse...

Um amigo seu já comentou aqui, mas não custa repetir: você tem um dom único para escrever sobre o amor e seus derivados.
Palmas!