domingo, 9 de novembro de 2008

O Caçador de Pombas

Piração pseudo-modernista-pós contemporânea ocorrida numa quinta à tarde. Já tem umas duas semanas. O título é "inspirado" em Caeiro , e não em Hosseini , como disse o Zóide. É um poema maluco , portanto não liguem se parecer que este que vos fala devesse estar num manicômio.

Antes escrevia como quem brinca com as palavras
Hoje escrevo como quem paga impostos

Tornei-me escravo do meu próprio lirismo.
Mas não do lirismo dos clowns de Bandeira e
Sim daquele lirismo de quem escova
Os dentes
38 vezes por dia
Para cima e para baixo
Para baixo e para cima
Todo santo dia.

A verdade é que me sinto uma farsa
Nu
Em frente ao espelho
Não por isso menos uma farsa.

Meu pai sobe no telhado para matar as pombas
Eu também tenho matado muitos dos meus versos
Sono , gorduras , pensamentos inúteis de
sexoamoramizade&thewholethingaboutit.

Inventaram de me prender em um prédio qualquer
Esqueceram-se das janelas e do sol.
Minha pena acaba assim que o sino toca , assim que pagar todos os meus impostos e taxas sobre o uso das palavras.
Não será hoje , muito menos amanhã.
Mas quando eu finalmente disser algo tão perfeito que que que.

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostei das duas primeiras estrofes, e da referência a 'Mais Estranho que Ficção"

Hugemiler disse...

Hum... gostei de todas as estrofes... na verdade, ou você foi extremamente subjetivo, ou eu ando passando tempo demais com pessoas demais.... preciso esperar pra ver... aliás, seu texto em fez lemrbar uma piada infeliz da minha infância...

Você escova os dentes três vezes ao dia?
-O Joaozinho Trinta

=) <-- ?

Whatever =]

Anônimo disse...

Talvez não um manicômio, mas sim um escritório... Ou a sala de estudos.