sábado, 24 de janeiro de 2009

Uma Lição de Nomenclatura

Uma pequena contribuição anônima que nos foi oferecida e , bem , em tempos de deserto , a gente nunca nega um texto. Antes que me xinguem , ficam os avisos: pessoas com pouca resistência vocabular , um bocado de pudores ou simplesmente vovós que não gostam de palavrões devem ficar longe , muito longe desse texto. Aos outros , divirtam-se.

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Finalmente, ele havia chegado onde tanto queria... Depois de uma noite de jantar, setenta reais de abrigo, quinze de táxi, trinta de champagne e cinco peças de roupa, finalmente ele estava pronto para recolher o ouro mais valioso dos homens,a... só um momento... o que mesmo estamos procurando? Ah, claro, se você ler essa pergunta em menos de três segundos estará falando “A Buceta!, a Buceta”. Pois bem, amigos. É claro que é perto daí que vamos parar, mas não sem dar antes uma pequena volta pelos alpes do conhecimento.

Uma das partes mais importantes de uma relação é, sem dúvida, o sexo. Afinal, homens e mulheres sentem iguais necessidades. Até aí não significaria nada, mas esse enão é o entuito aqui hoje. Vamos introduzi-lo, leitor, com o perdão do trocadilho, ao que podemos chamar de “Apelidar seu Sexo”. Sim, porque o sexo de uma mulher é extremamente importante e valioso, digno, sem discussão, de receber um bom nome. Se você chegou aqui lendo livros como “Cinqüenta meneiras de entreter uma mulher”, “10 fatos que um garanhão deve ter em mente” ou “Torne-se um Gigolô em 40 passos básicos”, é evidente que você nunca havia pensado em tamanha demonstração de carinho que é apelidar o sexo de uma mulher (e também, claro, como isso é capaz de potencializar a relação de cama dos dois). Pois bem, aí vamos nós.

Desde a antiguidade, reconhecidamente capaz de erguer o nosso ânimo e confundir nossa ética, o tesouro que cada mulher guarda dentro de si é revelado para cada homem de maneira singular, e sua exclusividade já foi chamada de várias maneiras ao longo das épocas. Já os gregos veneravam entes de muitos outros suas capacidades, tratando-a sempre como um delicada flor, uma rosa, símbolo de femininidade. Infelizmente, eram também os gregos que só se reocupavam com seu próprio prazer, deixando as gregazinahs em segundo plano. Era necessásrio mais carinho, mais sensualidade, mais exclusividade e, por que não, mais originalidade?

“Se eu pudesse torná-la ao avesso, seria um grande vestido vermelho”. Forma aveludada, aconchegante. A mulher é um ser sexuado. E a esse sexo tão cobiçado já se deu um bocado de nomes. As garotinhas aprendem a chamá-la de baratinha, pombinha, pepeca ou até perereca, apelido que os marmanjos elevaram ao famigerado xereca.

Claro, que não são só os brasileiros que podem se divertir com tal passatempo. Ao redor do mundo, temos vários exemplos dos apelidos mais bem-sucedidos: os conhecidos Cunt ou Pussy dos nossos amigos anglo-saxônicos, tão clichetosos, mas igualmente apetitosos; as ardentes Coñas latinas, contrabalanceadas pelas sutis e sensuais Chattes francesas.

A Ilíada doa apelidos não pára por aí. É possível que os Naturalistas descubram uma romã ou um figo partido. Os amantes de frutos do mar pensariam provavelmente num mexilhão entreaberto, enquanto os poetas como alguns amigos meus encheriam a boca para elogiá-lo com expressões rebuscadas como porta de jade, templo de Vênus, gruta de coral ou o mais sincero Porta-Jóias. Os cientistas, amantes incondicionais do sexo verbal (ou virtual, quem sabe), apelidam de vulva, vagina, e os mais excêntricos generalizam no mais sem-graça dos aparelhos sexuais.

Há também os alternativos, que se utilizam das mais variadas expressões idiomáticas, e os exemplos só no Brasil são fascinantes: os vulgares e característicos aranhinha, bussanha, chapeleta, conchinha, ostrinha, tijulera e xavasca, que acabam por se generalizar nos já familiares perseguida, cona, grelo, xana e periquita, para só então culminar no mais tésico e fascinante termo já reconhecidamente brasileiro, superando até a popular xoxota: a amada buceta!

Se depois de ler aqui alguns desses populares nomes, você ainda não estiver satisfeito, pode apelidá-la como bem entender: Clarinha, Julinha ou Natalinha, ou algum outro nome feminino, que pode ser uma espécie de código entre o casal, para quando você disser a ela que “não vê a Clarinha há tempos”, esteja tudo por demais entendido.

Portanto, mãos à obra, cabeças a todo o vapor (ambas), e juntem-se àqueles que já descobriram no apelido do sexo uma maneira de aumentar a tesão. Garantia de aprovação e satisfação feminina, e de performance sensacional na noite.

2 comentários:

Guri Caipira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Guri Caipira disse...

Conheço relações nas quais as alcunhas são usadas com um certo tom pejorativo..
E quando digo alcunhas, refiro-me também às alcunhas destinadas ao nosso amigo piu-piu!

Mas a idéia é bacana. Deve ser o máximo convidar a Clarinha para um rolazinha, digo, rolézinho! ^^

Foda o texto, velho.